quinta-feira, 27 de março de 2014

Depressão pós Chaves segundo pessoas Politicamente Corretas

E se o Chaves começasse a ser televisionado hoje, com esses chatos do "politicamente correto", como seriam os comentários, manifestação contra ou as legendas das fotos postadas? Pensando nisso decidi fazer uma listinha com as principais possíveis reclamações: 
 1- Uma criança morar num barril: é culpa da Dilma, cade o conselho tutelar pra tirar isso da TV? Estão estimulando e falando que é engraçado uma criança morar num barril e não ter o que comer...
 2- Bruxa do 71 - (primeiro os apartamentos de numero 71 seriam super desvalorizados pq ninguém ia querer ser a tal bruxa) - Minha mãe é uma senhora muito boazinha e todos a amam, e ela mora no numero 71...- Tão insinuando que idosas são bruxas... Gato preto não é de macumba (5mil likes na foto postada com essa frase)!! 
 3- Sr. Barriga - Caminhada dos gordinhos na Av. Paulista com 5mil confirmados! (evento)
 4- Sr. Madruga batendo no Kiko - Onde ja se viu um adulto bater numa criança? Estão dizendo que isso é certo, onde já se viu? Cade o conselho tutelar?? (comentário com 148 likes) 
 5- Chiquinha na escola - pior que é bem assim mesmo, o brasil não investe na educação, culpa da Dilma!! 
 6- Fofis (a fanha) - uns achariam legal e falariam que era inclusão social e outros mais fervorosos fariam a caminhada dos fanhos, também na Av. Paulista! 
 7- Comer sanduíche de presunto se tornaria hype!! 
 8- Refresco de tamarindo então, nem se fala! 
 9- Dever aluguel - Matéria no Fantástico de 30minutos falando sobre.. 
10- Usar máscaras com o rosto dos personagens e postar uma foto com elas no instagram (200 likes) 
11- #contatudoprasuamaekiko seria a hastag mais postada do mundo!!



quarta-feira, 19 de março de 2014

Depressão pós Fuga para Hollywood


Tava aqui pensando sobre o largar SP por conta do alto custo de vida, será que vale mesmo apena ir morar fora, poder comprar nas melhores lojas, com os melhores preços, levar uma vida de Hollywood? Você ir morar fora não é apenas ir morar fora. E os amigos que se deixa? E a família? E os conhecidos que você encontra sem querer numa noite chata e ela se torna incrível? E os ônibus lotados que você tomou por anos para ir pr'aquele emprego que você odiava? E as lembranças que os lugares nos deixaram, que só conversando nele te faz lembrar? E a Augusta? E os pt's de adolescente? E aqueles que estudaram com você e hoje são casados? E a sua família (de novo)? E o cheiro da sua casa, da comida da sua mãe e até mesmo: o cheiro do busão? E os seus amigos (de novo)? E as suas histórias? Sua infância? E você?

Será que vale realmente apena esquecer, ou perder, metade de quem você é?

Já devo ter perdido uns dois ônibus escrevendo isso no cel sem parar, e o tempo que eu perdi? E o tempo?

Na verdade até cogito pensar que não é São Paulo que tá cara ou são as pessoas, cheias dessa síndrome de não saber ouvir não, que querem uma vida que não cabem  em seus bolsos, ou que não cabem mais? Pois seu bar preferido aumentou a "breja", mas quanto bares você conhece em São Paulo? Será mesmo que uma cidade desse tamanho, dessa importância e tão plural, não tenha alternativas baratas? Eu já fui em um monte de lugares que a entrada era gratuita e a bebida barata, sim, em SP, festas incríveis e cósmicas (tá na moda falar cósmica), com gente cansada de pagar caro, e com gente que paga caro e não se cansou.

Reinventar a cidade é preciso. Eu e milhares de pensadores acreditamos que fazemos parte de onde moramos e que nos transformamos juntos com eles. Eu sou São Paulo, e o seu caos.


Será mesmo que vale a pena largar esse pedaço de você? E que fique claro que não quero que ninguém fique apenas em um lugar o resto da sua vida, mas e se a sua barriga doer, ou a sua cabeça, pra quem você vai correr? E a sua mãe? E a super proteção dela?  E seus amigos?  E a sua vida que você deixa para traz? 


Será que vale mesmo a pena perder para "ganhar"? 


Talvez seja por causa desse descaso com tudo que o mundo está assim: frio, individualista e difícil de se viver.

Essa equação de perder pra ganhar, sinceramente, eu não quero aprender.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Depressão Pós Machismo

É ele, ali, guardado naquele discurso de homem de bem, de cabra da peste, de homem arretado, que ele, se esconde. É nos tapas pra "virar homem", nos carrinhos, no "azul é de menino e rosa de menina", é naquela brincadeirinha de que crianças tem que se beijar (crianças do sexo oposto, vale lembrar) e até mesmo naquela bola, que ele ganhou de aniversário, que ele se esconde. É no corte de cabelo curto, na força que tem ter, nos palavrões que tem que falar e na falta de sentimento que tem que ter, que ele, se esconde. É no carnaval, no futebol, no Rio de Janeiro ou em São Paulo, em baianos, paulistanos, cearense, em mim e em você, que ele, se esconde. É na falta de amor, no ódio, nas brigas, nos xingamentos. Ele tá ali, aqui, aí. Ele é sutil, se camufla bem e fere como ninguém. É no nojo, na vontade de vomitar e nas novelas. É na educação, na falta de educação. Ele se esconde. Esconde. Camufla. Machuca. Mata. Macho, macho-man.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Depressão pós Declaração do Caio Castro

Num país onde a educação não é prioridade, e onde o ensino público não tem qualidade e muito menos estimula seus alunos a lerem, onde teatro é coisa de rico, e também não é prioridade, só se doeu com a declaração do Caio Castro os mais reaças elitistas. Na minha humilde opinião.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Depressão pós Cidadão Universal

No curso técnico de marketing que fiz tive uma matéria que se chamava Ética (e mais alguma coisa que não lembro), quem ministrava essa matéria era uma professora careta, preconceituosa e que muitas vezes demonstrou todo esse preconceito sem nenhuma ética. Teve uma aula dela, a qual me lembro bem, era algum trabalho em sala sobre ética, direito e deveres dos cidadãos e lembro que o meu grupo ficou com o tema que dizia que: "as leis têm que ser voltadas e criadas partindo da ideia que existe um cidadão universal, ou seja, que valha para quaisquer pessoa, sem discriminar ninguém". Isso faz parte da nossa constituição federa. Lembro que por dias pensei sobre e como era difícil ser o tal "cidadão universal".

Quando escuto o termo "cidadão universal" me vem a cabeça algo ou alguém do mundo, e não só me limito a cor de pele, sexo ou opção sexual, e acredito que talvez essa seja a intenção que a constituição federal quis passar\criar, não sei. Eu sei que atualmente muito se fala de preconceito, discriminação e direitos humanos. E temos mais é que falar disso mesmo.

Falar de assuntos tão importantes, e diariamente, é o que acredito que nós, como cidadãos, universais ou não, é o que temos que fazer, por na roda, mas se tem algo que tenho pensado muito sobre é no tal "cidadão universal":

Hoje tudo é preconceito, discriminação, e sempre me pego pensando nisso: afinal o que realmente é ser preconceituoso? Um hétero chamar um gay de "viado" numa discussão é preconceito? Um magro chamando um gordo de "gordo" numa discussão é preconceito? E se fosse vice e versa? Numa discussão\briga podemos dizer que realmente seja difícil acalmar os ânimos, mas e se não for numa discussão, é preconceito? Preconceito então é dizer o que a pessoa é só que sem o "jeitinho educado"? Se eu chamar um gay de homossexual não é preconceito? Um gordo de fofinho não é preconceito? Pura hipocrisia.

O que mais vejo nessa era que estamos vivendo são pessoas fugindo do que são, talvez dói menos esconder o que somos, e se eu escondo quem eu sou, quem é você pra jogar na minha cara? Seu preconceituoso. Vou chamar a puliça. Vou te processar!

Numa mesa de padaria eu conversei recente com uma amiga sobre isso: parece que hoje tudo é preconceito, tudo. Aprendemos a falar essa palavra e só a falamos. - Vai que eu consiga processar alguém e ganhar uma graninha. É isso que me parece. 

Então concluímos que preconceito não é você simplesmente não gostar de algo, você não tem que gostar de negro, gordo, branco, amarelo, chines. Preconceito está ligado ao ódio, você pode simplesmente não gostar fisicamente de alguém, mas fazer disso um ódio e bater, afetar o psicológico e matar por isso é o tal preconceito. Preconceito está ligado ao pior sentimento do mundo e não ao seu gosto pessoal. Por exemplo, eu nunca namorei com um negro, apenas ainda não me senti atraído pela beleza de um negro, não é que eu o odeio, eu apenas ainda não me senti atraído por um negro, nem sexualmente e nem sentimentalmente, isso não é preconceito. Eu convivo muitíssimo bem com um negro, mas eu nunca me vi construindo uma família com um, por simplesmente ainda não ter sido atraído por um negro, isso não é preconceito, é o meu tesão e a minha felicidade que está em jogo, mas isso não quer dizer que caso eu me sinta atraído por um eu não vá fazer por ele ser negro, não. Fim.

Eu sempre me pego reparando nas pessoas no ônibus, na fila do pão, na rua, e penso se isso é um problema, se é o tal julgamento, e num dialogo comigo mesmo, penso que não. Todos nós ao sairmos de nossas casas saímos para sermos vistos, nos "amostrar", caso contrário ficaríamos em casa, trancados. Eu reparo em tudo, sou um aquariano nato, mas eu não odeio nada do que vejo, eu simplesmente não gosto de muitas coisas, e de outras gosto muito, simples. Gosto é que nem... E acredito que isso não seja um problema em sí, e acho até legal quando não gosto de algo, pois fico a todo custando tentando entender aquilo, o por que estão usando, quem usa e tals e logo me vem Pierce na cabeça, na hora, e fico que nem criança tentando descobrir os "signos" daquilo que não gosto, pra mim é uma terapia...

Voltando ao cidadão universal... É muito difícil fazer leis pensando e tentando acreditar que exista alguém que seja universal, e confesso que queria saber mais a respeito do que é ser "universal" para constituição federal, pois todas as vezes que eu tentei ser universal eu acabei discriminando algo ou alguém, sem querer. E isso por várias vezes fez eu crer que eu era uma pessoa ruim. Por eu não conseguir ser universal sem discriminar alguém acabo pensando que sou alguém muito ruim, o Hitler reencarnado (Deus que me livre). Eu não sei se fico preso ao termo "universal", que pra mim tem um apreço muito grande, ou se é culpa da complexidade do tal termo "cidadão universal"

E talvez essa busca por ser um cidadão universal nunca acabe, talvez eu desista no caminho, ou quer saber? Talvez isso seja mais uma lorota dessa constituição tão ultrapassada que esse meu país ainda utiliza, e enquanto isso, vou sendo o meu universal e no mais simples da palavra: vou fazendo tudo o que o universo me agradeceria!


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Depressão pós Discussão na Porta da Balada

Outro dia lá pelas 4 da manhã, na porta de uma balada que entrei sem querer, acabei entrando numa discussão que virou quase debate GLBT. De um lado o que se ouvia eram os mesmos argumentos que eu escuto há mais de 10 anos, do outro, os meus argumentos vistos quase por fora do mundo gay.


Gay quer casar, gay quer adotar, gay quer andar de mãos dadas, gay quer respeito. Homofobia mata. A cada seilá quantos minutos morre um gay. Humm. Tá. Tá.

Lembro de um amigo, gay, e da sua visão sobre o casamento gay, que pra mim é a que mais vale até hoje: o casamento gay é uma piada, gay quer entrar na igreja de véu e grinalda, mas o mais engraçado é que eles querem algo novo se baseando em algo tão ultrapassado que é o casamento. É dessa forma que também penso hoje (por mais que nossa amizade tenha acabado por que ele vivia pra me ver na merda).

Desde a grécia antiga, da bíblia, do menino Jesus, existem gays e isso nunca, NUNCA, foi denominado um problema, doença ou quaisquer adjetivos pejorativos que você queira usar. Nunca. Mas evoluimos e com essa evolução carregamos essa mania de denominar algo, de escrachar e escrever na testa o que é e deixa de ser. Que preguiça.

Lembro que no meio da discussão levantei a questão da falta de união da comunidade gay, da cena gay ser regada a ~ostentação~ e prestações na Zara, afinal, gay tem que ser consumista e ostentar o drink que ele vai ralar pra pagar no final do mês. E eis que por fim consegui expor o meu ponto de vista sobre toda essa cena GLBT, que pra mim, é uma furada. Que foi algo meio que assim:

Não sei quem que inventou isso, mas acredite, isso existe: ser gay agora é ser um personagem. Gay tem que usar calça dobrada, gay tem que ostentar, gay tem que ter isso ou aquilo, gay tem que ser maldoso, gay, gay, gay. É tanto gay numa frase que eu até me perco. E é isso que defendi a discussão inteira: ser gay não é ter nenhum problema. Pra mim eu ser gay é o mesmo que ser hétero, bi, assexuado e o raio que parta. Não é uma denominação. É apenas ser. Sou. Fim.

Dai a discussão chegou aonde eu queria: leis. Gay quer ter leis minha gente. LEIS. Isso não é uma piada, eles querem. Mas não querem ser menosprezados ou sofrer qualquer tipo de regeição. Querem leis, pra eles. Argumentei que os ~heteros~ que batem em gays não tem as leis a favor deles e eles fazem, como pode? Cadê a puliça prendendo eles? Num tem. Sabe o que tem? União. União entre eles.

Não sou a favor de violência, e muito menos desses vermes, mas cansei de ver gays apanhando na rua do Bocage, augusta e até mesmo na Frei Caneca (ou para os gays: Gay Boneca) de uns 5, 6, 7 punks enquanto 200, 300 gays, simplesmente corriam. Não sei que matemática que os gays fazem, mas pra eles 300 são menos que 5. Claro, se tratando de dinheiro isso é diferente, afinal, no mundo gay importa quanto que você pagou na sua camiseta, ou no seu drink e se a sua for 300 reais e a do seu amigo 5, pronto, você é melhor que ele.

A discussão durou até quando de repente entrou outro gay, que tinha acabado de sair da balada e não sabia de nada o que estava acontecendo, no meio e mandou eu calar a boca. Sim, calar a boca. Afinal, ser gay é ser homem e por que não mandar outro gay que não é porra nenhuma na night calar a boca? Segundo ele: eu não sabia nada o que estava falando, por que ele era de São José e blábláblá. Resumindo: ele era melhor que eu por que morava em São José e convivia com mais preconceito que eu (embora ele nem soubesse de onde vim, com quem moro e etc). O mesmo gay comeu um cachorro quente e minutos depois jogou os papéis no chão. SIM, no chão. Afinal, ele paga impostos e se ele não jogar lixo no chão os garis vão perder seus empregos, né?

Vi toda aquela ceninha e me deu mais preguiça, pra não falar que me segurei por dentro pra não começar ali o tal preconceito que estavamos discutindo. Respeito tudo e todos, mas dói ver que gay, hoje, é esse personagem que muito quer e pouco faz. Gay quer lei, independente se ele for a pior pessoa do mundo. As pessoas mais elitistas e preconceituosas que eu já conheci na vida até hoje são gays, engraçado né? Tem preconceito com hétero, crente, gordo, magro, pobre, cafonas, carecas, quem pede vip na balada, quem toma busão (mesmo ele também tomando), quem não gasta na Zara e por ai vai. Piada pronta.

Dai eu penso em tudo isso e no que eu já vivi e vi, em todo o preconceito que já vi gays fazendo e concluo uma coisa: o universo realmente devolve o que somos e fazemos.E que bom seria se esquecessemos esse rótulo e fossemos pessoas com mais amor ao próximo e união. O universo agradeceria e tenho certeza que só devolveria coisas boas em troca. Por que no final vai importar quem você foi e o que fez, não o que você morreu querendo ser ou fazer.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Depressão Pós: Rei do Camarote


Parei para pensar, li e reli tudo o que estão falando sobre o "rei do camarote", e sinceramente? Vocês tão sendo como ele: vazios. Há anos isso acontece, e tenho visto pessoas que há anos tentam entrar nesse mundinho que ele nos apresentou num vídeo tosco de 3 minutos, numa revista tosca. Tenho visto, e achado bem engraçado, pessoas que vivem se "esforçando" (pra não se dizer humilhando) para entrar num camarote de uma balada X na augusta ou The Week. Não, não apoio o consumismo e também não faço desse pensamento um pensamento coxinha, pelo contrário. Mas o sujo falar do mal lavado é o novo preto: todo mundo usa. Vivemos num sistema que a principal característica é fazer isso mesmo: cuspir na cara dos menos favorecidos, e esses menos favorecidos cuspirem na cara dos menos favorecidos e assim por diante. Quando você vai numa balada e gasta 50 reais é como se você cuspisse na cara de uma pessoa que pode gastar 20, 30, ou qualquer valor a menos que você. Foi isso que esse cara fez: cuspiu na sua cara, por isso doeu tanto em você. Ele só fez o que uma vitima do capitalismo faz, que eu, que você, que o papai noel, que o coelhinho da pascoa faz. Só.

Liberdade de expressão tem sido a reivindicação que eu tenho mais escutado nos últimos meses. Agora te pergunto: o por que o cara não pode gastar 1, 2, 3 milhões numa balada e fazer um vídeo sobre isso? Oras, é o dinheiro dele, que ele trabalhou e trabalha para ter (não vou entrar no mérito de quantos eles escravizou para ter isso por que essa é outra discussão)! Ei, você ai, eu já vi você comentando de alguma socialite que participou daquele programa super cult (ironia) o "Mulheres Ricas", se lembra? Não? Eu sim.

E convenhamos? Eu sei que você também queria esbanjar numa balada, voltar pra casa de taxi ou dormir no Formule 1 depois de uma noitada com "bons drinks", mas como você não pode, essa cusparada doeu e assim como você acha que faz inveja para alguém, você também inveja e cobiça ter algo que não tem. Capitalismo. Prazer.

No fundo não é o Rei do camarote que é o culpado por isso, não é eu, nem você. Sabemos quem é. Mas temos essa mania de enaltecer pessoas e acharmos que elas são intocáveis por estarem num poder que VOCÊ\nós deu\demos a elas, cômico.

Na real? O que mais me emputece, e queria que emputecesse cada vez mais vocês também, é ver que estamos sendo roubados pelos nossos próprios funcionários e achamos isso normal. Sim, os políticos são nossos funcionários, e agora para resumir bem e demonstrar com bastante carinho o que eu estou querendo dizer: vamos nos preocupar mais com o que é nosso por que como dizem: cu cada um tem o seu. E não é diferente com a vida, com o cartão de crédito, conta bancária e etc.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Conto: O menino que se amava de mais.

Franzino, curvado e sempre as 7AM: ele quebra aquela direita, todos os dias. Um ritual que já vem com ele todos seus quatorze anos de uma vida misteriosa. Naquela direita, meio parecendo que foram postos estratégicamente por ele, encontram-se dois dos maiores bancos dessa movimentada megatropole, o “Time is Money” e o “Less is More”, ambos com fachadas robustas, pós-modernas, com seus altos e largos espelhos esverdeados, lembrando dinheiro, e com seus funcionários roboticamentes treinados, e felizes - há quem diga que são também milimetricamente treinados para parecer isso. Da calçada não se vê nada lá dentro, a não ser seu “Eu” refletindo naqueles esverdeados e límpidos vidros. Logo a direita do “Time is Money” tem um beco que nunca chamou atenção de ninguém naquela caótica megatrópole:
- Ainda mais logo ali, entre um dos maiores bancos da cidade, quem faria algo ali, naquele beco pra correr o risco de ser pego pelos fortes e imponentes seguranças do banco? Fora que a polícia sempre está por ali.
- É, ninguém correria esse risco.
É essa a conversa entre duas amigas, com suas saias nos joelhos e ternos passados com um perfeccionismo-virginiano. Engraçado, nessa cidade há sempre alguém respondendo as nossas perguntas enquanto as pensamos, até me benzo sempre que isso acontece, vai que eu ganhe na megaloteria?
- Bom dia Dona Dina
Dona Dina é a dona da padaria que fica ao lado do beco do banco. E quem fala é aquele franzino e curvado menino misterioso da 7AM. Penso: - Esse menino se fosse meu filho eu o levaria no médico, curvado, quase caindo pra frente, nessa idade? Isso não deve ser normal, depois quando ficar mais velho vai tá aí, reclamando! Quem dizia isso era a prima da minha avó, isso la na época de 2013, Dona Amélia - que veio morar conosco quando ficou viúva do coveiro, Sr. Miurra, um japoneizinho gente fina. Nossa, me lembro como hoje, aliás, como já “tou” ficando velho: quanto tempo já se passaram. 2080, quem diria? Eu, aquele moleque franzino e “mirradinho”, aqui chegando. Obrigado mãezinha ai do céu. E me benzo. Talvez seja por isso que estou aqui firme e forte.
Da padaria a sua casa, sempre nessa ordem, lá se vai o menino franzino, sem falar com ninguém, sem ninguém, só ele e ele. No caminho de ida e volta, bem em frente daquele banco que fez com que a minha família perdesse tudo, ele se olha naqueles espelhados vidros esverdeados, é como se o amor estivesse ali. É uma admiração parecida com a que eu tinha com a Gabriela Ferraz, uma menina linda que vi refletindo naquele vidro espelhado do antigo prédio onde funciona hoje o “Time is Money”, em vinte e cinco de agosto de 2020. Me lembro como hoje. Me benzo. Falar esse nome me da arrepios. Credo. (e então resmunga baixo):
- Quando que esse povo vai perceber o mal que eles nos fazem?
O garoto franzino nem se vê mais, hora dessa já deve estar em casa. Essas crianças já nascem todas correndo.
- Boa tarde
- Opa, boa tarde!
Esse é o Fernando, estudamos na quinta série juntos, casou com a Ana Lúcia, chata pra “carvalho”. Pra não dizer outra coisa. Não sei nem se terminou o colegial, ganâncioso do jeito que era deve ter trocado o estudo por trabalho. Tem a quem puxar: seu pai. Senhor Ernesto Hamlish (Rã-m-li-sh, lembro que sempre sofreu bullying por causa do seu sobrenome por ter “rã” no meio). Empresário de sucesso, endinheirou-se e nunca mais foi feliz. Se casou três vezes até que conheceu a mãe do Fernando, Senhora Brenda Hamlish, um amor de pessoa. Lembro dos chás e bolos que nos preparava, de um capricho singular.
- Boa tarde
- “Tarrrde”
Se esse porteiro soubesse como esse “- Tarrrde” me irrita ele com certeza aprendia a falar o “Boa”.
Nossa, bem que a prima da minha avó tinha razão: andar curvado quando jovem dá uma dor danada quando se velho. Que Deus a tenha. Puxa, aí, ô coluna, colabora. Ligo então minha Tvphone 3D, a comprei numa dessas promoções que o governo faz para vender o que está “encalhado” nas lojas. Paguei barato. Ainda estou começando a aprender mudar os canais. Peraí. Deixa-me ver. Acho que é esse. Aí, tô com uma dor aqui na coluna. Acho que consegui. O problema dessas coisas modernas é o tempo: o tempo que passamos aprendendo e o tempo que perdemos com elas. Na minha época quem tinha um tablet era Rei, o útimo celular lançado: príncipe - e ficava com quem quisesse. Acendo um cigarro para relaxar e vê se me desligo dessa dor.
23:00 PM. É essa a hora que consigo enxergar no meu relógio. Cochilei. Nossa, fazia tempo que não cochilava assim. Sono acumulado é um problema. Mas talvez cochilei por conta do analgésico.
(trim-trim-trim)
- A essa hora, quem que me incomoda meu? Alô.
- Alô
- Quanto tempo rapaz! (Bruno é um dos meus grandes amigos, na adolescência aprontamos tudo o que pudemos, São Paulo depois da nossa adolescência nunca mais foi a mesma)
- Verdade... Tá em casa?
- Não, você liga na minha casa e não estou em casa. Tá. Fala, o que você quer?
- Topa uma rodada de icebeer?
- Você parece não me conhecer, não? Onde? que horas?
- Bar do Ledz’s. Não sei, talvez as 23:30PM.
- Acabei de acordar. Chego as 23:45PM. Sem Atraso?
- Sem atraso.
- Combinado. Aí.
- Combinado. o que foi?
- Nada, só estou enferrujado. (rimos sem parar)
- Então tá combinado.
- Tá. Tchau.

6AM. (bip, bip, bip)
Não suporto o barulho desse despertador. Se ele soubesse pensaria antes de me acordar. Bom dia mundo. Me benzo. Bom dia mãezinha ai do céu. Então abro a janela e vejo na no finalzinho da Av. Sumaré ele, tão gracioso, tão puro e ingenuo. Vai surgindo aos poucos, e então, colorindo tudo, sem pedir nada em troca. O laranja se mistura com aquele vermelhinho que ora é rosa, ora é um vermelhinho que me lembra amoras amadurecendo, igual as que costumava colher naquela amoreira que tinha em frente ao antigo prédio que esse maldito banco enfincou suas garras! É incrível como tudo parece que vai ganhando vida, pouco aos poucos. Consigo ouvir os barulhos daquelas velhas botas pesadas descendo a avenida. Clash-clash-clash.
São 7AM em ponto e lá vem ele, o mesmo franzino, misterioso e quieto menino da Rua Atalaia. Parece desfilar com suas botas pesadas em meios aqueles homens engravatados e robóticos. Despretensioso. Não pede nada em troca, não oferece nada. É apenas um garoto, franzino, curvado e que quando ficar velho terá dores na coluna. Ela nunca saberá disso: mas sempre concordei com a Dona Amélia em segredo.
Num ritual de culto ao corpo tão puro ele quebra aquela direita, e naqueles vidros esverdeados-amaldiçoados ele se admira, é o amor ali; há o amor naquela admiração tão singular. Se embeleza sem pressa, assim como seu caminhado. Tudo fica em câmara lenta e quando vejo já não se da mais tempo. Droga. Amanhã eu irei fazer o que sempre quis fazer, antes que essa dor me mate, ou que caia um meteoro, ou a Terra exploda. Me benzo três vezes seguidas.
Ja se passam dos 55° C. 55. Cinquenta e cinco.Cin-quen-ta e cin-co graus. Os polos já se derreteram. Se o homem tivesse ouvido o que aqueles pesquisadores malucos daquela época falavam isso não teria acontecido, malditos. A cada dia esse calor aumenta mais, que Deus do céu me leve antes disso aqui explodir. Ligo a T.V. Vejo a Terra explodindo, ou melhor, a Av. Sumaré, lá bem na esquina com a Av. Paulo VI, vejo a cidade pegando fogo (se tem uma coisa que esses homem que fazem TV não aprenderam ainda é que essas legendas miudinhas são difíceis de se ler). Pego meus óculos: manifestantes tomam a Av. Sumaré. Rapidamente me lembro daquelas manifestações que vivi em 2013:
- Esse “povo” não tem é o que fazer, por isso ficam aí protestando atoa!!
Era isso que eu e milhões de jovens ouvíamos. Se bem que pra mim os que mais me irritavam eram os comentários dizendo da minha idade, muitos diziam que eu era “maria vai com as outras”, que não sabia o que estava fazendo ainda, pois era uma “criança”. Espero que esses mais velhos que me criticavam, como a prima do meu pai que devia ter uns 30 anos naquela época, esteja viva para ver o que está acontecendo aqui, agora, e quem eles estão usando como referência: nós.
E aos poucos não se fala em outra coisa a não ser nos jovens que lá vem descendo a Sumaré. Vagarosamente... já se pode ouvir os primeiros gritos dos “gigantes adormecidos”:
- Ô GIGANTE ACORDOOOU-ÔÔ…
- Seeemmm violência! Seeemmm violência! Seeemmm violência...!
Como fizemos naquele 2013. Pouco a pouco se ouve mais. Os pelos arrepiam, a mão soa, o coração vibra. Me debruço naquela janela e me ponho a admirar… Vou logo preparando meu chá, pra não perder nenhum detalhe do que eu estava prestes a reviver (sirene). E então eles chegaram e de: -  Ô GIGANTE ACORDOOOU-ÔÔ… Passo a ouvir barulhos de explosões. Ainda não conseguia avistá-los. Maldita vista que tenho desse apartamento - sempre me perguntei quem foi o grande gênio que decidiu colocar a única janela do apartamento bem numa curva? - mas podia ouvi-los como se estivesse vendo-os. Booomm! Booommm! Escuto então barulho de vidros sendo estilhaçados e é quando me esforço mais um pouco para conseguir vê-los. A dor na coluna não ajuda muito. Crafttt! Crack! Plaft! São eles, tão límpidos, com brilhos, que refletem todos os dias aquele menino franzino, que embeleza aqueles cabelos castanhos, e as saias das garotas que nele refletem; ali, o amor, puro, ingênuo, de uma pessoa por ela mesmo, esverdeados como o orvalho e  brilhosos como aquele “solzinho” sem vergonha que nasceu essa manhã. Se partindo como cascas de ovos, tão frágeis como. Ver todo aquele “poder” se esmoecendo como cascas de ovos foi de encher de orgulho esse peito aqui. E bato no peito, forte. Foi quando de repente subiu aquela fumaceira branca e desmaio.
Esse é um dos problemas de se morar baixo. Acordo e tudo já estava:
“ - Tá, tudo sobre controle”.
É o que o capitão diz na TV. Amo falar e quem fala: “ - Tá tudo sobre controle!”. Acho engraçado usar essa expressão tão autoritária sem ver problema nisso. Comemorando o que ainda não sequerá sabia o que tinha acontecido me pus a me dobrar à janela e me torcer todo para ver aquela esquina.
Em chamas, ali, nos meus olhos, a maldição da minha vida no chão. Aquele desgraçado banco esta no chão mãezinha. Eu falei. Eu falei que esse dia chegaria, não falei? Bato no peito. Pulo. Danço ouvindo a notícia, e esqueço da dor nas costas. E é num passinho digno do rei Michael Jackson que ela insiste em aparecer, como um cometa, como aqueles manifestantes que “botaram” no chão o maldito sem dó, ela, que a prima da minha avó já tinha me avisado. A dor maldita.Tomo tudo o que vejo para dor na minha frente, queria comemorar sem parar.
6AM. (bip, bip, bip)
Puta que pariu. E então percebo que acordei no sofá, ali mesmo onde tinha tomado aqueles malditos remédios. Apresado pra ver com meus próprios olhos tudo o que tinha acontecido até a espera pelo elevador em deixa mais ansioso, e puto da vida por ainda ter que esperar por esse negócio treco tão obsoleto.
Na rua não se vê ninguém, todos estão temendo o tal gigante, coitados, deveriam temer outros gigantes. Dona Dina não abriu hoje, e o franzino, será que vem? Mãe do céu. Avisto o banco no chão, em meio as cinzas, aqueles lindos espelhos que refletiam aquelas meninas de saias até o joelho com seus sorrisos robóticos, seus imponentes seguranças, e ele, o menino franzino, que parecia se amar naqueles espelhos, o menino que se amava de mais. Pego um pedaço de estilhaço de espelho, e então guardo no bolso, logo a cima do peito esquerdo. Cada passo em cima daqueles vidros doía, me cortava. E é bem naquela mesma esquina que durante quatorze anos que ele se admirou, eu o conheci, parecia que algo foi o arrancado, sem pedir, sem comunicado:
- Como pode, e todos os trabalhadores desse prédio, onde trabalharão? E ela? Onde ela vai trabalhar? Não, não, malditos!!!
- Parece que a coisa foi brava ontem - exclamo querendo puxar assunto.
- Malditos, como podem tirar assim algo de alguém?
- Calma, dinheiro nunca foi problema para esse banco, já, já tá de “pé” novamente - falo num tom de deboche, a fim de acalma-lo, e é então que num tom de desilusão escuto retrucando.
- E ela? Era hoje, hoje que ia entregar isso a ela - e mostra um papel amassado, guardado num bolsinho do lado esquerdo, em cima do peito.
- Ela quem rapaz?
- Aquela menina, da saia nos joelhos!
- Que menina?
- A que eu via refletindo todos os dias nesses espelhos - aponta para os estilhaços no chão, com um olhar desolado - aqueles longos cabelos, pele lisa, olhos grandes, de saias nos joelhos, que todo dia passava aqui as 7AM, com sua amiga, rindo fácil e que sempre usava o crachá, aquele crachá que um dia eu o encontrei, bem aqui - e aponta para o beco - e li nele aquele nome que não sai da minha cabeça. E ela, a única que parecia ser realmente feliz e que eu tanto admirava-ava-amava-ava? E agora?
- Ela voltará aqui, já, já, esse banco está de pé novamente - o acalmo. Mas meu caro rapaz, quem é ela? Por que tanto medo de não vê-la? Qual o nome da moça, e o sobrenome? ‘Se’ tem? Talvez a Dona Dina a conheça…
Levanta a cabeça, me olha bem em os meus olhos, calmo e como uma sensação de estar vendo-a em pensamento me responde:
- Gabriela Ferraz.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Depressão Pós Stalkear

"Quem nunca stalkeou um ex-boy-lixo que atire a primeira pedra…” Se a música da Pitty fosse feita hoje, com certeza ela teria essa letra, e milhares de pessoas se identificariam se a letra fosse essa, não? Não sabe o que é stalkear e por isso não sabe dizer se sim, ou se não? Vem com a gente nesse balão e descubra se você também é uma stalker e entre nessa campanha comigo: 365 dias sem stalkear ninguém!

Encontramos no dicionário informal a seguinte descrição sobre o termo (e que eu amei!): “Resumidamente, stalkear é a vigilância exacerbada que uma pessoa faz a outra, muitas vezes forçando contatos indesejados. Nem sempre há um motivo claro além da obsessão, no entanto, um stalker (ou seja, o obcecado, aquele que stalkeia) muitas vezes pode ter o intuito de amedrontar sua vítima. Portanto, perseguidor é uma boa tradução em português para o termo.

Entendeu o que é stalkear? Então, faz sentido agora? Pra mim sempre fez, mas na minha época stalkear era o famoso cuidar da vida do ex-boy-lixo! Vamos aprender mais sobre o que é stalkear, e assim fazer uma campanha para que a Pitty atualize a sua música, e no final desse texto vamos firme e fortes ao que interessa: ex-boy-lixo não merece ser stalkeada por nós!

Sabemos com quem ele saiu na noite daquela sexta que nem aconteceu ainda, sabemos quantos “whats” ele vai mandar para aquela tal de Aninha antes mesmo dele mandar e já conseguimos prever que o sabadão será de ressaca? Sinto muito mas somos stalkers, e assumimos isso da pior maneira: tendo uma DR com ele e jogando tudo isso na cara dele!

Antes dele descobrir que somos stalker ele pensa se deixou o “feice” aberto na sua casa, se você é hacker e hackeou o cel dele, ou se foi o Obama que ouviu tudo e te contou! Mas logo lembram que somos daquelas que brigam no bar em voz alta por ciúmes, que na festa do priminho dele demos chiliques só por que ele dançou com a tia e óbvio: tá tudo no feice e não saimos do feice! Stalkers! Somos, prazer!

Mas, graças ao feice, não sofremos bullying das amigas, pois todas também são stalkers!

Uma boa stalker lê tudo e chora, sozinha, na frente do seu pc, mas na frente das amigas fingimos que isso nem abalou, que somos fortes, e que já estamos apaixonadas por outro! Quem nunca? Stalkear machuca, eu sei que machuca, mas boa stalker é masoquista, quanto mais machucar, mais stalkearemos!

Nenhum relacionamento nosso da certo, e cada vez nos machucamos, curamos e ficamos mais forte, e claro, desconfiando de tudo, afinal, o ex-ex-boy-lixo fez a gente se tornar mais stalker do que nunca! Chifre dói, mas stalkear dói mais!

E quando já estamos num caminho sem volta, e se especializando mais em stalkear, percebemos que ou vai, ou raxa, resumindo: ou paramos de stalkear *todas choram* ou nunca mais namoraremos, e não casaremos! Nunca mais namorar? Não casar? Não, nunca, eu ainda quero casar, ter filhos gêmeos e ser feliz num castelo com um príncipe encantado! Nos olhamos no espelho, lavamos a cara e gritamos bem alto: FIM, EU NÃO VOU MAIS TE STALKEAR! 


E é assim que começa hoje meu projeto verão: 365 dias sem stalkear o ex-boy-lixo. Durante todo esse projeto, que o me tornará uma pessoa melhor e mais feliz (e que fará eu realizar meu sonho de casar, morar num castelo, ter gêmeos e ser feliz) postarei dia-a-dia dessa rotina, o que mais tenho sentido falta, que doce coloquei no lugar de stalkear ou se me matriculei na acadêmia. Me acompanhem, compartilhem suas experiências e sejamos todas felizes para sempre. Fim

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Depressão pós Boy-Lixo

Ele é lindo, jogaria no time principal de futebol americano em qualquer seriado americano, e lógico, seria o que todas queriam ter: até você. Conta piadas, toma breja com você até dar pt, se mostra ser um gentleman e se você quiser ele tatua seu nome no braço, para quando fazer um gol mostrar para câmera. Você é aquele desastre em pessoa, aquariano com lua em câncer. Ele faz poesias com o seu nome enquanto você baba e manda um whatsapp pra sua amiga dizendo que está apaixonada. Vocês vão à festinha da família dele, compram um cachorro junto, viajam para as Filipinas e pro Nepal, entram no Yoga e vão pro pilates de mãos dadas, mas no fundo, tudo é um teatro só. Você jura que vai ganhar uma aliança de casamento e que finalmente achou a pessoa ideal – lua em câncer é foda! Ele te conta coisas sobre a Terra, água e mar. Ex pra ele é ex, e assunto mais do que resolvido (até a sua primeira DR com ele!). Você já tá pra lá de Bagdá de paixão, acredita em tudo o que ele diz, até quando você ta em um bad-hair-day e ele diz que você tá linda, teatro! Você posta foto no feice com a legenda: tou feia! E ele comenta te chamando de linda, maravilhosa, e você? Manda whats pra sua best contando que ele tá apaixonado por você, e que vocês vão casar – lua em câncer é foda! Segunda DR e ele começa a seguir a ex no facebook, óbvio que você vai xingar o Mark Zuckerberg por ter criado essa opção, a culpa não é dele e sim do Mark. Uma cerveja num fim de tarde qualquer e sua lua em câncer volta a aparecer! Paixão, vozinha, e DR no fim da tarde sobre o porquê ele começou a seguir a ex no feice! Se fosse apresentado em qualquer programa de fofoca seria com a manchete: bomba! A ex o aceita no facebook!

Dai em diante o seu sol em aquário surta, você vira stalker-louca, e lembra-se de quando ele citou o Dalai Lhama, quando você surtou e tentou mostrar que ele te fazia mal, claro, ele já tinha se mostrado um boy lixo quando falou que você era o problema e não ele, mas lua em câncer é foda e você sequer percebeu isso. Dai por diante você vive num mundo de stalker-louca que tem medo de clicar em algo e curtir sem querer o que a ex dele posta, até que viu que ele curtiu!

Sol em aquário é um perigo, e sua lua em câncer já não existe mais! Você já assumiu a psicopatia de aquário e já é uma stalker-louca, e vai vendo que cada post postado pela ex é um like do seu boy-magia-lixo! E como numa era de evolução: os likes viram comentários e que viram uma bomba de Hiroshima caseira que você aprendeu a fabricar no youtube e que vira essa bomba na casa do boy-lixo e que vira seu final feliz para sempre. Fim!